terça-feira, 13 de maio de 2014

O amor puro e nada mais

Odeio o jeito como as pessoas amam.


Ou dizem amar.

Essas quatro letrinhas que foram as primeiras a entrar no mundo dos clichês: amor. Mas eram outros tempos. Amantes juravam amor eterno um ao outro, iam até o fim do sentimento que tantos escritores traduziram a livros e peças teatrais. Há algo mágico no tal do amor transcrito nos livros.

Mas há algo tão além disso. Além de amantes desafortunados, casamento por dinheiro, ódio transformado em paixão. O amor não é resumido a duas pessoas que pretendem passar o resto da vida juntas. Amar não é isso. O sentimento faz mais do que isso.

As pessoas começam o primeiro namoro e pensam que sabem de tudo sobre ele. Pensam que podem dizer as tais três palavrinhas mágicas com algumas semanas juntos, pensam que "eu te amo" pode ser dito depois de alguns beijos. É ridículo como as pessoas pensam que amar é sentir frio na barriga quando vê alguém. Ao contrário de muitos autores por aí, eu discordo completamente. O amor é complicado. Pode ser fácil, natural. Pode doer. Depende muito do que você ama. Depende de quem você ama.

Acredito no amor puro, aquele amor sincero que vemos nos olhos de bebês ao olharem para as mães. O amor que transforma amigos em irmãos. Aquele tipo de amor incondicional por um bicho de estimação, o amor por aqueles que não estão mais aqui. O amor existe. Sua essência está em nós, sem percebermos. Vejo essas pessoas dizendo "Ah, nunca amei". É uma pena, porque na verdade, você já amou, sim. E continua a amar. Amar momentos, fotos, lembranças, lugares, cheiros. Isso é amor, sim. Sentir aquele calor no peito por ver a foto do seu irmão que mora longe, passar na frente daquela casa que você sempre quis morar, mas provavelmente nunca vai. Achar o perfume que a sua melhor amiga usava, ouvir músicas que você cantava alto no carro do seu avô. Isso é o melhor de tudo.

Amar é maravilhoso.

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